Levantamento feito pela Associação dos Membros dos Tribunais de Contas
do Brasil (Atricon) e divulgado pelo canal GloboNews aponta que o Maranhão é o
segundo estado do país com mais obras de creches paradas. De acordo com a
entidade, ao todo, 38 projetos de construções de unidades de ensino dos
governos federal, estadual e municipal não foram concluídos.
Segundo
informações da Secretaria Estadual de Educação (Seduc) – com base em
levantamento feito pela pasta em dezembro do ano passado – foram constatadas
obras paralisadas nos municípios Zé Doca, Barra do Corda, São Mateus do
Maranhão, Chapadinha, Parnarama, Santa Inês, Capinzal do Norte, Araioses,
Amarante do Maranhão, Coelho Neto, Brejo, Penalva, Conceição do Lago-Açu, Duque
Bacelar, São João Batista, Paraibano, São Domingos do Azeitão e Sucupira do
Riachão.
Ao todo, de acordo com a Atricon, o setor educacional registra 543 obras
suspensas no território brasileiro. Quanto à posição maranhense no cenário
nacional, apenas São Paulo – com 94 serviços parados – supera o estado no
quesito.
Na segunda-feira (15), nas redes sociais, o governador do Maranhão,
Flávio Dino (PCdoB), ratificou que a gestão local “ofereceu por escrito”, em
janeiro deste ano, auxílio ao ente federal para a retomada das obras. De acordo
com o gestor maranhense – que à época não informou o quantitativo de creches
com intervenções suspensas – o estado “permanece à disposição para amplo e
efetivo diálogo”.
Sobre a oferta do governo estadual, até o fechamento desta edição, o
Ministério da Educação (MEC) não respondeu. No dia 24 de janeiro deste ano,
após citar no discurso de posse para o segundo mandato, o governador Flávio
Dino se reuniu com o ex-ministro do MEC, Ricardo Vélez, para tratar do assunto.
À época, segundo os canais oficiais do governo local, seria feita “uma
análise conjunta” com gestores do Maranhão, técnicos do Ministério da Educação
(MEC) e das secretarias de Educação dos municípios para destravar as obras.
Questionado, o Governo maranhense informou que aguarda pelo MEC para as
visitas.
Segundo a Atricon, os serviços suspensos começaram em 2009 e com valores
cada acima dos R$ 1,5 milhão. Ao todo, 143 projetos na Região Nordeste e
referentes a unidades de ensino não foram finalizados.
“Responsabilidade
de gestão de creches é de Estados e Municípios”, apontou MEC
No dia 2 de janeiro deste ano, ao responder a questionamentos feitos por
O Estado acerca da situação de obras de creches federais no Maranhão, o
Ministério da Educação (MEC) informou que a “responsabilidade de gestão de
creches é dos Estados e dos Municípios”.
Segundo a pasta, cabe neste caso ao MEC somente a participação
complementar, ou seja, o apoio técnico e, principalmente, financeiro. De acordo
com o MEC, neste caso, os serviços “devem ser tocados e geridos” localmente.
Por sua vez, o governo maranhense – por meio da Seduc – informou ontem
(15) que não é responsável pelo controle dos recursos que são repassados via
federal. Segundo a pasta, os valores são creditados diretamente na conta das
prefeituras.
Na cidade de Rosário, duas creches encontram-se em estado de abandono,
como foi mostrado em uma matéria publicado pelo blog, no mês de abril deste
ano.
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